segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

BRILHO EM FALTA

Como esse combustível que habita em mim nasce e sem ver o ódio ele brota, não sei por onde vou andar, mas logo sei que em um lugar chegarei, não enxergo para onde vou nem como estou pois o calor queimou meus olhos, já não sei quem sou nem como estou, já não sei...escuto um som, longe, longe, de onde vem? como chegarei, sem sombras e sem luz, sem escuridão, totalmente sem cor...sinto o cheiro, cheiro que pela primeira vez eu compreendo, esse cheiro que toma-nos, toma seu corpo e sua alma, esse cheiro que vinga meus pensamentos e assombra meu coração, o cheiro que muitos sentem, o cheiro do merecido nada...o fim do sorriso.
O mesmo calor, esse mesmo calor, tocou meu coração, me trouxe o cheiro e me fez enxergar o nada, esse calor, me trouce a desolação e o brilho em falta, esse calor que tirou sonhos e destruiu meus verbos, esse calor que consumiu minha oração e fez nascer o fim do sorriso, ele trás agora um rio, um ar, um amor, um clamor, e o fim, o fim da desolação, o fim do cheiro e o começo de um novo sorriso, traga-me a fé, traga-me a fé...vou tirar agua das rochas e cuspir pedaços de pão de maneira que a fome de todos sejam consumidas...só um instante, deixe eu lhe ver, deixe eu; eu; sentir....ah como é bom, como é lindo, "gritei" pude sentir o calor e posso agora olhar para um mundo novo onde todas as coisas ainda podem ser mudadas, ainda podem ser transformadas, ainda poderá nascer um novo sol.

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